terça-feira, 18 de maio de 2010

MARGARIDA - por Carol


Esse é o Capítulo número três do Memórias de uma Gateira. O Primeiro, como vocês devem estar lembrados, é o da Mafalda. O Segundo, é uma capítulo curto e triste do Shoyo, um persinha bicolor preto e branco que não chegou a ficar um mês comigo e hoje está no céu dos bichinhos de estimação. O capítulo número três é o da Margarida, uma persinha cálico diluída de 5 meses.

A história da Margarida começa há mais ou menos um ano, quando vi uma gata cálico diluída da criadora que me vendeu a Mafalda, chamada Fiona. Simplesmente me apaixonei por essa variedade de cor, que parece quase que pintada à mão. Em novembro do ano passado, nasce uma ninhada de Fiona e nela havia vários bebês cálicos para a minha escolha. Eu demorei muito a fazer a reserva do filhote e quando entrei em contato com a criadora praticamente todos os bebês cálicos estavam já reservados. Mas o destino quis que Margarida fosse minha mesmo. Umas das reservas feita a um gatil foi cancelada e Margaridinha estava disponível.

Não preciso dizer que quando fui visitá-la me apaixonei. Ela era um bebê com o corpinho bem robusto. O rosto dela é creme, mas em cima da boquinha tem uma área bem pequena com pêlo na cor azul, parece uma pintinha. A coisa mais charmosa de se ver! Ela estava ainda muito sonolenta então não consegui brincar muito com ela.

No dia que a trouxe pra casa fiquei preocupada. Ao contrário da Mafalda, que chegou já toda à vontade reconhecendo a área, Margarida ficou meio assustada entocada embaixo do sofá. Além disso quando eu a pegava no colo ela chorava muito. Tive que conquistar aos poucos a baixinha! A adaptação com Mafalda foi rápida, teve uma semana de muitos Fuzzz e Mafalda de mau humor, mas logo tudo se ajeitou.

Margarida foi se ataptando a mim ao longo das semanas e se revelou uma gatinha simplemeste apaixonante. Como é fascinante o fato de gatos terem personalidades tão distintas e igualmente adoráveis! Margarida, ao contrario de Mafalda, é muito falante. Tudo ela mia ou resmunga. Também ronrona que só ela. Antes achava que Mafalda ronronava muito, mas nada se compara à Margarida. Basta receber um afago, por menor que seja, para que ela ligue o motorzinho. Margarida também tem muita energia, não só pelo fato de ser filhote. Não pára quieta um minuto, morde os meus dedos do pé durante a noite. Transborda simpatia pra quem quer que seja. Não há uma pessoa que venha a minha casa que não se apaixone por ela. Eu diria que ela é a personificação, ou melhor, a gatonificação da simpatia. E também é extrememente apegada, sempre está junto de mim, não importa onde eu esteja na casa. É só eu chamar que logo ela aparece toda ronronenta e curiosa. Mafalda, por sua vez, aprecia momentos de solidão em que pensa na sua vida de gato ou simplesmente dorme, não vem quando chamo, mas sim quando deseja. Acredito que se Margarida tivesse sido minha primeira gata, sofreria um pouco de solidão.

O que achei realmente curioso é que ao longo dos meses Margarida foi se posicionando na casa como a gata dominante mesmo sendo esse tiquinho de gato, ao contrário do que esperava, uma vez que Mafalda é a mais velha. Ela procura estar sempre em lugares onde fique mais alta em relação à Mafalda. Por exemplo, se Mafalda está deitada no assento do sofá, Margarida vai estar deitada em cima, no encosto. Com a sua chegada, comprei uma liteira maior e mantive a liteira menor pra dar mais comodidade a elas. Adivinha quem usa a liteira maior? Naturalmente que é Margarida, que nem tamanho tem direito para usá-la. Margarida é cheia de si. Precisam vê-la brincando com a Mafalda, pulando em cima dela e tentando pegar sua cauda. Pensa que é gente grande. Mafalda às vezes me olha nos olhos e quase que posso ouvi-la dizendo: "Dai-me paciência com essa tampinha!".

A felicidade em casa agora está completa. Costumo me referir a elas como "as meninas": "Vou levar as meninas no banho", "Vou ficar em casa com as meninas" ou "As meninas tão aqui dormindo comigo". E essa rotina deliciosa com minhas meninas que faz da minha vida tão mais feliz. Às vezes paro pra pensar como seria vida se não as tivesse por perto. Acho que teria enlouquecido e estaria falando com as paredes. É tão bom tê-las por perto para cuidar e me preocupar e além de tudo pra me gratificar com sua companhia e carinho. A casa é cheia de alegria, parece que tem criança mesmo. E Margaridinha é a flor mais bela do meu jardim. =)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

RAYKA - por Liége


Nossa história começou quando eu ainda estava morando nos EUA, isso foi em 2008. Nesse ano minha irmã estava muito doente e ganhou do marido dela uma linda persa creme (para ajudá-la com os problemas de saúde na época), desde esse dia eu decidi que queria um persa também (na verdade eu sempre quis, mas sempre tive muitos animais e meus pais não queriam mais nenhum). Ano passado quando decidi voltar ao Brasil eu fiz chantagem emocional com meu pai, disse que voltaria para casa se ele me desse um persa - rsss - e foi o que ele fez, teve um pouco de resistência, mas consegui convencer meus pais. Ainda nos EUA comecei a procurar a minha filha (minha mãe aceitou somente se fosse fêmea)...add alguns criadores no Orkut e achei uma criadora que era de minha cidade, no mesmo momento liguei para a mesma e conversei com ela sobre os filhotes disponíveis. Após alguns dias meus pais foram ao gatil ver os gatinhos e justamente a que eu tinha gostado estava pré-reservada, fiquei triste, pois foi amor à 1ª vista, mas isso não me abalou, pois a gata não estava reservada e sim pré-reservada, mas com um cheque na mão e um pouco de insistência ela me cedeu a minha fofa, que se chama Rayka.

Assim que cheguei ao Brasil fui conhecer minha menina no gatil, super ansiosa e curiosa para vê-la pessoalmente, estava cheio de filhotes e a dona perguntou se eu não queria trocar por uma red tabby padrão show, mas é óbvio que não troquei, pois com a Rayka eu me encantei desde que a vi nas fotos e também pelo fato de que não trocaria uma filhota minha como se fosse uma mercadoria qualquer, coisa que animal nenhum é, pois todos amam, choram, sofrem, sentem... São vidas!!!
Rayka foi com certeza uma peca chave para a minha readaptação ao Brasil!!!! Chegou em minha casa com 45 dias de vida, linda, uma bolinha de pelos ambulante! Sei que veio muito bebezinha, não tinha idéia de nada, mas graças a Deus veio bem, comendo ração e muito esperta! Ela me encantou com seus olhos azuis... É uma linda Himalaia Seal tortie!

Passado um tempo após sua chegada eu comecei a estudar sobre persa e himalaias, sobre cores, doenças, pedigree, etc... E depois dela foram chegando os outros: Vicky, Cacau, Chopin, Mia e Chloe, rssss, e a abertura do meu gatil - Gatil D'LiCats.
Rayka é padrão pet, mas a amo como os outros...alguns criadores já disseram que deveria doá-la por ser pet, mas não seguirei esse tipo de pensamento, muito menos de criação, pois amo os meus animais como são, independente de cor, sexo e padrão, sempre digo que onde comem 1,2, comem 3 e assim vai....

Dentre todos os gatos aqui de casa Rayka é a mais espuleta, brinca, corre, pula nos outros gatos, sobe nas árvores do quintal e quando vou guardar todos do passeio matinal ela foge de mim, sempre precisa de 3 pessoas para pegar a mocinha, que faz isso para brincar de pega-pega rssss... Ela é a única gata que dá banhos nos outros, tem momentos que ela fica minutos lambendo a Cacau, coisa mais amada de ver! Adora um sapato, não pode ver tênis,chinelo,sapato... Se esfrega, tenta arrancar a palmilha, entra dentro rssss, chega ser engraçado, pois tem vários brinquedos, mas prefere nossos sapatos!

Hoje Rayka tem 1 ano e 3 meses, mas é uma eterna bebezinha, ciumentaaaa, deixa ser escovada, não faz escândalos nos banhos, só se cansa de ser secada mesmo, mas aqui todos são assim, exceto Chopin!

Minha amada é linda, seus olhos azuis me encantam... Seu jeito doido de ser me fascina!!!! Ela será sempre minha INCONFUNDÍVEL, INCOMPARÁVEL E INSEPARÁVEL Rayka!!!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

MIMI - por Paula


Tive gato desde criança, após a separação dos meus pais. Ganhei um gato preto, com olhões amarelos, peludo, lindo, que chamei de Kiko. Era o xodó da casa, viveu 16 anos comigo e com a minha família. Em 2008 a saúde dele ficou muito debilitada e nós tomamos a difícil decisão de autorizar o sacrifício dele, já que o pobrezinho não tinha mais a mínima qualidade de vida que um animal merece ter. Nem preciso dizer que a família ficou em luto... E eu, que na época que o Kiko faleceu vivia com meus avós e minha bisavó, estava louca para adotar um outro gatinho, ou então comprar um persa. Bati pé em casa, mas não teve jeito, ninguém queria mais nenhum gato para "não se apegar"! Como se o apego a um animal de estimação não fosse algo bom...

Aproveitei que meus avós foram passar o verão de 2009 na praia (e eu fiquei por causa do trabalho) e comecei a procurar um novo gatinho... Assim, quando eles retornassem, nem teriam como reclamar, já que o gatinho estaria bem instalado, de dono da casa! Meu pai, sabendo da minha vontade, me trouxe um microfilhotinho vira lata amarelo, acho que não tinha 15 dias de vida de tão pequenininho que era. Ele não resistiu, durou pouquinhos dias comigo por causa da panleucopenia...

Bom, a essa altura já estava achando que eu tinha algum problema, né?! Parecia que não era para eu ter um novo felino saracoteando pela casa... Até que uma querida colega de trabalho, a Elisiane, me disse que na pet em que ela levava a princesinha dela, a Nina, uma família queria doar uma persinha adulta, com uns 4 anos. Obviamente já fiquei louca, porque queria um persa, nem preciso explicar o porquê! Peguei o telefone da família, liguei e marquei uma visita, para conhecer a Micha.

Quando a porta se abriu, dei de cara com essa lindeza das fotos que, assim que eu me abaixei para acarinhá-la, veio até mim, me cheirou, lambeu minha mão, ficou pra lá e pra cá nas minhas pernas... Até hoje me emociono porque, pra mim, a Micha demonstrou que não fui eu quem a escolheu, e sim ela que escolheu a mim! Não consegui não me apaixonar por aquela carinha achatada e aqueles olhinhos azuis!

Após algum tempinho, finalmente adotei a Micha - cujo nome foi devidamente alterado para Mimi - em fevereiro de 2009. Minha família chiou um pouco, pois não queriam mais gatos, estranhou o focinho, mas em pouquíssimo tempo se apaixonou! Com ela, vieram muita alegria e alguns "plus" que eu não estava acostumada: ração para persa, muuuuuitos pêlos pela casa, uma mania de tomar água na pia, fungos no ouvido e no corpinho, principalmente no rabo... Então, íamos semanalmente, eu e meu avô, na veterinária, para tratar a minha bebê com banhos e vacinas, reforçar a sua imunidade com interferon e, infelizmente, descobrimos que ela tem rins policísticos... Tratamos dela com muito amor, dedicação e bastante $$$ também, mas tudo valeu a pena: ela é minha paixãozinha, que vem me esperar na porta quando chego do trabalho e só sossega à noite quando eu me recolho.

Em julho de 2009 fui morar com meu noivo e aí começou outro problema: ninguém lá em casa queria me deixar levar a Mimi! Ela notou todo o movimento e mudou o comportamento: ficou arredia, isolada, até meio agressiva. Preferi deixá-la por um tempo com a minha família porque as coisas ainda não estavam arrumadas, com caixas para todos os lados... Porém, antecipei a vinda da bebê e foi a melhor coisa que fiz! Ela adorou a bagunça e voltou a ser aquela coisinha amada de sempre, nossa pompom, e assim formamos nossa família! Meu marido a adora, é a nossa filha, e continuará sendo quando vierem os filhos de verdade... Nos divertimos com as brincadeiras dela, compramos poltronas com um tecido que não desfia só para ela, que não usa arranhador, e até achamos graça quando ela faz cocô do lado da liteira só porque já tem xixi! Como é que pode uma gatinha trazer tanta alegria?

Paula Rosa - Porto Alegre/RS
 
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