terça-feira, 4 de maio de 2010

MIMI - por Paula


Tive gato desde criança, após a separação dos meus pais. Ganhei um gato preto, com olhões amarelos, peludo, lindo, que chamei de Kiko. Era o xodó da casa, viveu 16 anos comigo e com a minha família. Em 2008 a saúde dele ficou muito debilitada e nós tomamos a difícil decisão de autorizar o sacrifício dele, já que o pobrezinho não tinha mais a mínima qualidade de vida que um animal merece ter. Nem preciso dizer que a família ficou em luto... E eu, que na época que o Kiko faleceu vivia com meus avós e minha bisavó, estava louca para adotar um outro gatinho, ou então comprar um persa. Bati pé em casa, mas não teve jeito, ninguém queria mais nenhum gato para "não se apegar"! Como se o apego a um animal de estimação não fosse algo bom...

Aproveitei que meus avós foram passar o verão de 2009 na praia (e eu fiquei por causa do trabalho) e comecei a procurar um novo gatinho... Assim, quando eles retornassem, nem teriam como reclamar, já que o gatinho estaria bem instalado, de dono da casa! Meu pai, sabendo da minha vontade, me trouxe um microfilhotinho vira lata amarelo, acho que não tinha 15 dias de vida de tão pequenininho que era. Ele não resistiu, durou pouquinhos dias comigo por causa da panleucopenia...

Bom, a essa altura já estava achando que eu tinha algum problema, né?! Parecia que não era para eu ter um novo felino saracoteando pela casa... Até que uma querida colega de trabalho, a Elisiane, me disse que na pet em que ela levava a princesinha dela, a Nina, uma família queria doar uma persinha adulta, com uns 4 anos. Obviamente já fiquei louca, porque queria um persa, nem preciso explicar o porquê! Peguei o telefone da família, liguei e marquei uma visita, para conhecer a Micha.

Quando a porta se abriu, dei de cara com essa lindeza das fotos que, assim que eu me abaixei para acarinhá-la, veio até mim, me cheirou, lambeu minha mão, ficou pra lá e pra cá nas minhas pernas... Até hoje me emociono porque, pra mim, a Micha demonstrou que não fui eu quem a escolheu, e sim ela que escolheu a mim! Não consegui não me apaixonar por aquela carinha achatada e aqueles olhinhos azuis!

Após algum tempinho, finalmente adotei a Micha - cujo nome foi devidamente alterado para Mimi - em fevereiro de 2009. Minha família chiou um pouco, pois não queriam mais gatos, estranhou o focinho, mas em pouquíssimo tempo se apaixonou! Com ela, vieram muita alegria e alguns "plus" que eu não estava acostumada: ração para persa, muuuuuitos pêlos pela casa, uma mania de tomar água na pia, fungos no ouvido e no corpinho, principalmente no rabo... Então, íamos semanalmente, eu e meu avô, na veterinária, para tratar a minha bebê com banhos e vacinas, reforçar a sua imunidade com interferon e, infelizmente, descobrimos que ela tem rins policísticos... Tratamos dela com muito amor, dedicação e bastante $$$ também, mas tudo valeu a pena: ela é minha paixãozinha, que vem me esperar na porta quando chego do trabalho e só sossega à noite quando eu me recolho.

Em julho de 2009 fui morar com meu noivo e aí começou outro problema: ninguém lá em casa queria me deixar levar a Mimi! Ela notou todo o movimento e mudou o comportamento: ficou arredia, isolada, até meio agressiva. Preferi deixá-la por um tempo com a minha família porque as coisas ainda não estavam arrumadas, com caixas para todos os lados... Porém, antecipei a vinda da bebê e foi a melhor coisa que fiz! Ela adorou a bagunça e voltou a ser aquela coisinha amada de sempre, nossa pompom, e assim formamos nossa família! Meu marido a adora, é a nossa filha, e continuará sendo quando vierem os filhos de verdade... Nos divertimos com as brincadeiras dela, compramos poltronas com um tecido que não desfia só para ela, que não usa arranhador, e até achamos graça quando ela faz cocô do lado da liteira só porque já tem xixi! Como é que pode uma gatinha trazer tanta alegria?

Paula Rosa - Porto Alegre/RS

5 comentários:

  1. Mais uma linda historia. Sempre me surpreendo com essas lindas historias de amor felino.
    Paula, sua filhota é linda e muito sábia, ja que escolheu muito bem a sua nova mãe.
    Beijos

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  2. A MIMI é a coisa mais fofa!!! vontade de apertar essa cara chata!! parabens =)

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  3. Mimi é linda e teve a história com final feliz, pois deve ser o centro das atenções em sua casa...
    Parabéns Paula, pelo amor delicioso que tu sente por ela... Tenho certeza de que é recíproco...
    Adorei a parte do "plus"... Eu também só tomei conhecimento disso depois que já estavam comigo... E cada um tem um "plus" diferente...
    Por conta disso, aqui em casa tivemos que nos adaptar para nunca deixar as tampas das privadas abertas, lençóis e fronhas lavados a cada 2 dias, acostumar a escovar os dentes com vários olhos arregalados nos olhando e mexendo na água que escorre da torneira, molhando o banheiro todo... Já nem sei mais como é a sensação de usar roupas completamente pretas, dormir com um travesseiro só prá mim, tomar o café da manhã sozinho, sem ter que dividir o Sucrilhos...
    Apesar de tudo isso, não sei se conseguiria viver sem gatos ao meu lado... Acabei viciando...
    Prá falar a verdade, eu não sei como consegui viver tanto tempo sem ter gatos...

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  4. Paula, nem preciso dizer que ela é linda, o mesmo nome da minha persa branca, Mimi, hj com 7 anos completados em 04/05/2010, é a mesma história, só que a peguei a casa da minha mãe pq a coitada estava pedindo socorro, claro que tb veio alguns "plus" com ela, mas isso tiramos de letra!!!!
    Parabéns.
    Bjus

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  5. Ô minha amiga! Linda a Mimi, linda a história dela contigo, com certeza ela te escolheu, pra te fazer muito feliz!!!
    Parabéns e beijão!

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